Veja bem
- Admin
- 17 de ago. de 2018
- 2 min de leitura
A linguagem falada é muito mais improvisada e cheia de vícios do que se imagina. O problema é que quando falamos não temos tempo para pensar, falamos rápido usamos por vezes o nosso corpo para gesticular, entoar, apontar e este malabarismo nos parece ajudar na composição do sentido de nossa oratória, criando uma forma própria que nos identifica.
O meio onde vivemos, a preguiça mental e o nível de escolaridade contribuem de forma decisiva de como seremos vistos pelos outros, apenas pelo nosso jeito de falar. Enquanto a linguagem escrita, temos tempo para ler o que escrevemos e podemos trocar palavras erradas, frases inteiras quando dispomos de um vocabulário mínimo para isso.
Os vícios de linguagem são a desgraça da nossa língua, aleijam o nosso discurso e o resultado acaba desorientando o que dizemos, pondo em risco nossa argumentação com resultados catastróficos em nossa proposta de comunicação.
A repetição exagerada de palavras reduz de forma incisiva do que queremos dizer, se temos pouca flexibilidade de linguagem, usamos cacoetes em todas as oportunidades de comunicação, o que é muito ruim. O vício de falar sem reflexão contagia nos movendo para um universo de economia de palavras e nos conformamos com polimentos postiços de nossas frases comprometendo a clareza da mensagem.
Infelizmente, incorporamos ao nosso vernáculo com muita facilidade construções do tipo (entende? percebe, e aí ! , deixa comigo, esse é o cara, veja bem), mais uma infinidade destas construções porque cada lugar deste enorme país esta viciado ao uso continuado de uma ou duas palavras que quer dizer um monte de coisas que são próprias daquele lugar.
Esta forma equivocada de comunicação fica mais evidente nas redes sociais, se você nasceu antes do computador e quiser se socializar através das redes, você terá que perguntar pra garotada a todo o momento, o que quer dizer palavras escritas e até frases inteiras porque não encontramos no Aurélio, ou ficaremos sem entender nada, nos conformando com nosso conhecimento jurássico.
Sexagenários uni-vos, vamos fazer um abaixo assinado, para o neto do Aurélio Buarque de Holanda fazer um dicionário desta geração. Precisamos estabelecer contatos, caso contrário, estamos fadados a uma exclusão crônica e isso não me parece muito justo.
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